Obra de R$ 150 milhões foi inaugurada a toque de caixa; mercado funciona, mas sem OS nem parceria definida
em organização social, muito menos parceria público-privada. Para abrir oficialmente o Mercado de São Brás - a toque de caixa -, na quinta-feira, 9, a Prefeitura de Belém recorreu a uma solução, digamos, doméstica: a coordenação do complexo ficará sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
O novo polo gastronômico custou cerca de R$ 150 milhões, financiado pela Itaipu Binacional. A saída improvisada reflete os embaraços que vêm afetando a gestão Igor Normando - e que seguem se avolumando. A tentativa de contratar uma nova OS para administrar o mercado, após a demissão do Instituto Imazul, de Paulo Uchôa, por razões que a própria razão bem conhece, caiu no vazio. O prefeito se atrapalha nas próprias pernas e arranja mais um problema para uma administração pouco habituada a resolver problemas como manda a regra. O futuro dirá quanto custa um “jeitinho”.
Quem está esperneando é o ex-prefeito Edmilson Rodrigues. Em rede social, após a abertura do mercado, ele bateu pesado. Segundo Edmilson, trata-se de “mais uma tentativa de apagamento da nossa gestão”, referindo-se à reinauguração do Mercado de São Brás “pelo governador e pelo seu primo, o atual prefeito”.
E segue: “Tenho recebido muitas mensagens e sido abordado na rua por gente consciente sobre quem de fato realizou o restauro dessa joia arquitetônica e sua requalificação para torná-la um polo de gastronomia, cultura e turismo, referência para a cidade de Belém.”
“Importante repetir, apesar das declarações de autoparabenização do governador, que o complexo do Mercado de São Brás não recebeu R$ 1 do governo do Estado. A obra de R$ 150 milhões foi integralmente feita pela Prefeitura de Belém, em nossa gestão, com recursos próprios e também do governo federal (Itaipu Binacional), conseguidos por nós.”
Para o ex-prefeito, “a população merece o acesso a essa obra-prima, apesar da longa espera de dez meses para que isso acontecesse. O mercado é patrimônio do povo, que merece e precisa ter acesso. É um absurdo prejudicar a cidade e os feirantes como parte de um estratagema para o sequestro da autoria da nossa obra.”
E encerra: “Estou ciente de que a história se escreve com ações concretas e não com tentativas de apagamento da própria história, que, além de ineficazes, são ofensivas à inteligência coletiva. Que a nossa população possa usufruir, com alegria, do novo Mercado de São Brás, do jeito planejado e concebido por nossa gestão.”
O Terminal Turístico de Icoaraci, entregue à população esta semana pelo governador do Estado, acabou não sendo batizado segundo a sugestão do deputado José Priante, do MDB, autor da emenda parlamentar que viabilizou a obra. Ainda assim, dizem na Vila, o controle segue absoluto nas mãos do parlamentar.
Se barraram o nome do engenheiro Evandro Bona - pai do colunista Mauro Bona, ligado ao grupo de comunicação da família do governador -, administrador e morador do distrito de Icoaraci, para batizar o terminal por ter sido indicação de Priante, outra polêmica inquieta quem deseja entrar como permissionário no negócio envolvendo restaurantes, bares e outros serviços dentro do espaço. Eles teriam de passar pelo crivo do “pai da obra” - José Priante.
Dizem - e as imagens parecem comprovar - que a obra do terminal ainda não está concluída, tem calado de apenas um metro e meio - não 14, como anunciado -, comprometendo a atracação de grandes embarcações. É trapiche para popopôs, mas ainda assim seria “inaugurado”, de fato, hoje, com a saída da Procissão Fluvial, segundo o próprio deputado federal.
O certo é que, depois de inaugurado e completamente vazio, pequenos empresários do ramo de artesanato e lanchonetes de Icoaraci buscaram a oportunidade de explorar as áreas comerciais do terminal, mas foram informados de que precisariam procurar a assessoria do deputado Priante, padrinho da obra, para se candidatarem.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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